terça-feira, 9 de junho de 2015

Aula 7 - Sobre Links, Hipertextos e Gêneros Digitais

Em nosso encontro do dia 20 de maio, o professor informou que teríamos novamente dois momentos distintos: as apresentações da pesquisa sobre os tipos de links e hipertextos, bem como do hipertexto produzido por cada um (das 8h às 10h); e a exposição dos textos que abordam a temática dos gêneros digitais.
Entretanto, antes desses dois momentos, o professor fez algumas considerações a respeito das concepções de gênero, a saber: a textual/material, de Hasan e Swales; a sociossemiótica, de Kness e Fairclaugh; e a "Bakhtiniana". Abaixo temos a síntese da proposta de cada tendência, elaborada pelo Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes: 

Nessa linha de entendimento, o professor nos alertou a respeito do cuidado que devemos ter ao denominar alguma coisa como gênero, salientando a necessidade de fundamentarmos essa determinação em algum aporte teórico.  Como exemplificação e problematização dessa discussão, ouvimos do professor alguns relatos de suas experiências com os gêneros em aulas de inglês no estado de São Paulo.
Dando continuidade, vimos as apresentações das pesquisas e hipertextos produzidos pelos colegas Arly, Alcilene, Luciano e Juliana. Em seguida, apresentei minhas pesquisas, começando pelo diagrama de um hipertexto retirado do site TNH1 (disponível aqui)


e de alguns links pesquisados:


Nesse primeiro exemplo, encontramos um link malicioso que procura induzir o leitor ao clique para fazer download do arquivo, quando, na verdade, o carregamento só pode ser feito em outro link menor e com menos destaque. 
O segundo exemplo que trouxe à aula continha outros dois links, como se pode ver abaixo:



Após a expor as pesquisas de links e hipertextos, propus um hipertexto que tratava do discurso jornalístico sobre a responsabilidade do professor nos maus resultados do ENEM das escolas públicas de Alagoas. Consistia em uma breve introdução de uma discussão mais ampla que usava a Análise do Discurso Pecheutiana como teoria de análise:


ENSINO PÚBLICO E TRABALHO DOCENTE NO DISCURSO JORNALÍSTICO DE EDITORIAIS DO JORNAL GAZETA DE ALAGOAS


O fraco desempenho das escolas públicas alagoanas nas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2009 e 2010 trouxe à tona as mais variadas explicações para o fracasso. De sua parte, a Gazeta de Alagoas posicionou-se em seus editoriais de 21 de julho de 2010 e 14 de setembro de 2011, enunciando, a partir de sua posição ideológica, é claro, as possíveis causas e soluções para o problema e veiculando discursos que transcendem os episódios do ENEM e tocam em questões como o papel do professor e da adesão dele aos movimentos grevistas, ao mesmo tempo em que aponta para o modelo de educação pública proposto pelo lugar ideológico do enunciador. Dá-se aí a necessidade de fazer uso dos instrumentos da Análise do Discurso, em sua perspectiva francesa, como forma de compreender os efeitos de sentido da materialidade linguística, desvelando os não-ditos e os silenciamentos.
Acrescente-se ao fato de o editorial ser o espaço para o posicionamento da empresa diante dos acontecimentos de maior repercussão (MELO, 1985, p. 79) a sua função de influenciador da opinião pública (PICHELLI, PEDRO e CARVALHO, 2006, p. 2), o que traz maiores desdobramentos, pois assim ele se constitui como espaço onde se coadunam discursos e se promove uma determinada visão da realidade.
Da mesma forma, é também fundamental levar em consideração as Condições de Produção (CP) do discurso, que vão desde as condições imediatas que circundam a formulação dos enunciados até às sócio-histórico-ideológicas, o contexto mais amplo (FLORÊNCIO et al, 2009, p. 65).

Questione:
Os atuais currículo e sistema de ensino públicos de Alagoas estão adaptadas à proposta do Novo ENEM?
Qual a responsabilidade e o papel do professor nesse contexto de fracasso escolar do ensino público?

O professor fez alguns apontamentos a respeito da sobrecarga cognitiva desse hipertexto. Houve também uma interessante discussão a respeito do papel e do uso das charges e imagens na construção dos textos e hipertextos.
 No segundo momento, tivemos a apresentação do texto "Os gêneros digitais e o desafio de alfabetizar letrando"  com as colegas Roseane e Cecília, o qual traz uma situação de letramento que foi criticada pelo professor ao explicar que o processo foi feito de forma mecânica e não-emancipatória.

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