A aula do dia 21/10, tivemos as apresentações das respostas para as questões colocadas na última aula. A apresentação de cada grupo foi ricamente complementada pelos comentários do professor Luiz Fernando e dos demais colegas. Ao final, pudemos concluir que grande parte do que se coloca como novidade ou mesmo revolução, em relação aos chamados gêneros digitais, diz respeito a elementos presentes nos gêneros textuais já existentes. Em outras palavras, a tecnologia não mais que ampliou as possibilidades de uso e de circulação desses gêneros, por estes estarem agora em suportes que possibilitam maior interatividade. Dessa forma, seria desnecessário falar em gêneros textuais digitais.
Abaixo, elenco as respostas elaboradas por nossa equipe, composta por Musiliyu, Alcilene e por mim:
Este blog é um espaço reservado para o registro de aprendizado e reflexões da disciplina "Tópicos Avançados em Estudos Textuais 2: Hipertexto e Gêneros Digitais", do Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística da UFAL. Seja bem-vindo!
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Aula 15 - Apresentações Finais Sobre Multimodalidade e Despedida
Nossa última aula ocorreu no dia 11/11. No encontro, alguns colegas apresentaram suas análises de textos visuais utilizando a teoria de Kress e Van Leeuwen, abordada na aula anterior pelo professor Luiz Fernando. O primeiro grupo a apresentar sua análise foi o dos colegas João Victor, Cecília, Roseane, Juliana e Dayane. O texto analisado foi uma capa da revista Veja, de 4 de novembro deste ano:
Logo após, Flávia e Niedja apresentaram uma análise comparativa de dois blogs: o "Blog do Poeta" e o blog "Oficina de Educação". A principal crítica ao primeiro foi ao modo de organização do layout, o qual não permitia a localização adequada dos seus componentes. Além disso, Não havia uma correspondência entre o nome dado ao blog ("do poeta") e a realidade de sua construção, haja vista que inexiste qualquer poema no site. Quanto ao blog "Oficina de Educação", ressaltou-se que havia uma melhor organização, distribuição e hierarquização dos elementos, embora haja uma escolha errada de cores, pois o blog é constituído de cores quentes, que tornam a leitura, de certa forma, cansativa.
Nesse ponto, o professor Luiz Fernando teceu algumas considerações sobre a importância de compreendermos as funções e os efeitos de uso das fontes, imagens e cores.
Dando continuidade, a equipe do colega Luciano expôs sua análise de uma propaganda de "O Boticário":
Logo após, Flávia e Niedja apresentaram uma análise comparativa de dois blogs: o "Blog do Poeta" e o blog "Oficina de Educação". A principal crítica ao primeiro foi ao modo de organização do layout, o qual não permitia a localização adequada dos seus componentes. Além disso, Não havia uma correspondência entre o nome dado ao blog ("do poeta") e a realidade de sua construção, haja vista que inexiste qualquer poema no site. Quanto ao blog "Oficina de Educação", ressaltou-se que havia uma melhor organização, distribuição e hierarquização dos elementos, embora haja uma escolha errada de cores, pois o blog é constituído de cores quentes, que tornam a leitura, de certa forma, cansativa.
Nesse ponto, o professor Luiz Fernando teceu algumas considerações sobre a importância de compreendermos as funções e os efeitos de uso das fontes, imagens e cores.
Dando continuidade, a equipe do colega Luciano expôs sua análise de uma propaganda de "O Boticário":
O 4º grupo a se apresentar foi o de Luli, Eliézer e Norberta. Eles expuseram suas análises de imagens do "Blog da Thássia". Nas discussões, sobressaiu-se o distanciamento elaborado pela imagem, proporcionado pela demonstração de luxo e ostentação presentes nela.
O último trabalho a ser apresentando foi o da nossa equipe, composta por Alcilene, Musilyu e eu. A colega Alcilene foi a responsável pela exposição, a qual tratava da análise de uma capa da revista Superinteressante. Na imagem, há um alerta a respeito do perigo da ingestão do glúten:
Por fim, tivemos um momento muito especial de confraternização. Deixo aqui meus agradecimentos a todos/as os/as colegas pelo companheirismo e ao professor Luiz Fernando por sua dedicação e paciência. Aprendi muito com vocês!
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Aula 13 - Relações entre Texto e Imagem
Nossa aula do dia 28/10 teve como objetivo estudar e analisar algumas relações entre texto e imagem em revistas e jornais digitais. O professor Luiz Fernando abordou alguns exemplos de páginas da internet, demonstrando como se dá a forma de leitura e como somos induzidos a ler de determinado modo. Citou ainda o exemplo do Youtube como sendo um hipertexto multimodal.
Em seguida, passamos a ver as aptidões dos modos visual e verbal. Vimos que os textos visuais têm aptidão para a emoção e os textos verbais para o raciocínio lógico, embora ambos, em alguns momentos, possam inverter o seu emprego.
Outro ponto importante estudado durante a aula foi que o conceito de imagem é bastante amplo e pode abranger o acústico, o sensorial e o visual. Entretanto, nosso objeto de estudo se constituirá de imagem como representação visual.
No retorno do intervalo, o professor fez um interessante exercício: fez a descrição de uma caixa de fósforo, sem explicitá-la, de maneira que pudéssemos, através de uma descrição verbal, criarmos uma representação visual mental e, assim, chegarmos à definir de que objeto se tratava. Vimos outro exemplo em que o texto visual e o texto verbal foram complementares.
Outro aspecto importante também levantado, diz respeito à mudança no valor de verdade das imagens. Estas, ao longo do tempo e com o desenvolvimento da tecnologia, podem ser modificadas, montadas e alteradas facilmente, desfazendo o caráter fortemente comprobatório de que se revestiam anteriormente. Dessa maneira, a fotografia antiga é classificada como denotada, como representação pura. Já o desenho, a pintura, o teatro, etc., poderiam ser classificados como imagens conotadas, sem pretensão de representação pura.
Nesse sentido, vimos diversos fotos que produzem interpretações ambíguas, demonstrando que a imagem sozinha não resolve os problemas de leitura, ou seja, nem sempre comunica totalmente.
Por último o professor tratou sobre as formas de representação icônica, como forma de utilização da metonímia nas imagens.
Vimos também que, segundo Barthes, entre a foto e o real há uma redução.
Sobre a ambiguidade imagética, listo os endereços abaixo. Eles contém alguns exemplos interessantes de como as imagens também não são transparentes:
http://misteriosdomundo.org/45-fotos-ilogicas-que-voce-vai-demorar-para-entender/
http://sempreatualizado.com/14-imagens-que-voce-precisa-olhar-atentamente-para-entender/
Em seguida, passamos a ver as aptidões dos modos visual e verbal. Vimos que os textos visuais têm aptidão para a emoção e os textos verbais para o raciocínio lógico, embora ambos, em alguns momentos, possam inverter o seu emprego.
Outro ponto importante estudado durante a aula foi que o conceito de imagem é bastante amplo e pode abranger o acústico, o sensorial e o visual. Entretanto, nosso objeto de estudo se constituirá de imagem como representação visual.
No retorno do intervalo, o professor fez um interessante exercício: fez a descrição de uma caixa de fósforo, sem explicitá-la, de maneira que pudéssemos, através de uma descrição verbal, criarmos uma representação visual mental e, assim, chegarmos à definir de que objeto se tratava. Vimos outro exemplo em que o texto visual e o texto verbal foram complementares.
Outro aspecto importante também levantado, diz respeito à mudança no valor de verdade das imagens. Estas, ao longo do tempo e com o desenvolvimento da tecnologia, podem ser modificadas, montadas e alteradas facilmente, desfazendo o caráter fortemente comprobatório de que se revestiam anteriormente. Dessa maneira, a fotografia antiga é classificada como denotada, como representação pura. Já o desenho, a pintura, o teatro, etc., poderiam ser classificados como imagens conotadas, sem pretensão de representação pura.
Nesse sentido, vimos diversos fotos que produzem interpretações ambíguas, demonstrando que a imagem sozinha não resolve os problemas de leitura, ou seja, nem sempre comunica totalmente.
Por último o professor tratou sobre as formas de representação icônica, como forma de utilização da metonímia nas imagens.
Vimos também que, segundo Barthes, entre a foto e o real há uma redução.
Sobre a ambiguidade imagética, listo os endereços abaixo. Eles contém alguns exemplos interessantes de como as imagens também não são transparentes:
http://misteriosdomundo.org/45-fotos-ilogicas-que-voce-vai-demorar-para-entender/
http://sempreatualizado.com/14-imagens-que-voce-precisa-olhar-atentamente-para-entender/
Aula 11 - Apresentações Finais sobre Gêneros Textuais Digitais
No nosso encontro de 14/10, começamos por conhecer algumas estatísticas de apresentações de trabalhos nos congressos promovidos pela ABEHTE (Associação Brasileira de Estudos de Hipertextos e Tecnologia Educação). Esses dados foram apresentados pelo professor Luiz Fernando, o qual demonstrou que tem havido um número muito pequeno de trabalhos sobre o hipertexto e que, ao contrário, há um grande número de trabalhos voltados aos modismos tecnológicos. Por conseguinte, apontou diversos temas e questões em aberto a respeito do hipertexto que podem ser objeto de futuras pesquisas.
Na continuidade da aula, seguiram-se as apresentações restantes sobre gêneros textuais digitais. A primeira equipe a apresentar-se foi constituída pelos colegas (Josineise e Sandra). Elas apresentaram um texto que tem como título "Gêneros digitais: As TIC como possibilidades para o ensino da língua portuguesa". Tivemos, a partir da apresentação e das discussões, uma ótima reflexão no tocante ao papel social dos gêneros textuais.
A segunda apresentação foi feita pelo colega Eliézer, o qual nos trouxe um hipertexto educacional de uma aula de inglês, o qual era originalmente um texto e foi transmutado para hipertexto. Ele argumentou que os professores muitas vezes são "empurrados" para o universo digital e, consequentemente, cobrados excessiva e injustamente.
Por último, eu apresentei o texto "Os Gêneros Textuais Digitais no Ensino/Aprendizagem da Webliteratura: o Caso dos Weblogs", de Jéssica de Souza Carneiro. Discutimos primeiramente, a divisão simplista dos tipos de textos, feita pela autora, passando também pelas diversas nomenclaturas dadas de forma desnecessária (tais como: e-gêneros, Webliteratura, etc) e chegando ao discutível "transletramento hipertextual". O professor Luiz Fernando destacou ainda de a autora confundir em diversos momentos o conceito de blog,bem como equívoco de associar sua gênese ao diário e defini-lo como um gênero textual, quando, na verdade, ele se coloca mais como um suporte que abriga diferentes gêneros textuais. Replico abaixo a apresentação feita durante esta aula, que contou com a ausência da colega Marília Agle:
Na continuidade da aula, seguiram-se as apresentações restantes sobre gêneros textuais digitais. A primeira equipe a apresentar-se foi constituída pelos colegas (Josineise e Sandra). Elas apresentaram um texto que tem como título "Gêneros digitais: As TIC como possibilidades para o ensino da língua portuguesa". Tivemos, a partir da apresentação e das discussões, uma ótima reflexão no tocante ao papel social dos gêneros textuais.
A segunda apresentação foi feita pelo colega Eliézer, o qual nos trouxe um hipertexto educacional de uma aula de inglês, o qual era originalmente um texto e foi transmutado para hipertexto. Ele argumentou que os professores muitas vezes são "empurrados" para o universo digital e, consequentemente, cobrados excessiva e injustamente.
Por último, eu apresentei o texto "Os Gêneros Textuais Digitais no Ensino/Aprendizagem da Webliteratura: o Caso dos Weblogs", de Jéssica de Souza Carneiro. Discutimos primeiramente, a divisão simplista dos tipos de textos, feita pela autora, passando também pelas diversas nomenclaturas dadas de forma desnecessária (tais como: e-gêneros, Webliteratura, etc) e chegando ao discutível "transletramento hipertextual". O professor Luiz Fernando destacou ainda de a autora confundir em diversos momentos o conceito de blog,bem como equívoco de associar sua gênese ao diário e defini-lo como um gênero textual, quando, na verdade, ele se coloca mais como um suporte que abriga diferentes gêneros textuais. Replico abaixo a apresentação feita durante esta aula, que contou com a ausência da colega Marília Agle:
Aula 14 - Abordagem Sociossemiótica para Leitura de Imagens
Em nosso encontro do dia 04/11, o professor Luiz Fernando nos
trouxe as contribuições de Kress & Van Leeuwen para os
estudos sobre a leitura de imagens. Foram apresentadas 3 metafunções
para a gramática da linguagem visual: a representacional, a
interativa e a composicional.
A
seguir, reproduzimos um quadro expositivo para as metafunções. A
Representacional
indica o que nos está sendo mostrado, o que se supõe esteja “ali”,
o que está acontecendo, ou quais relações estão sendo construídas
entre os elementos apresentados. Já a Interativa
é
responsável pela relação entre os participantes, em que os
recursos visuais constroem “a natureza das relações de quem vê e
o que é visto” (KRESS e VAN
LEEUWEN,
2006). Quanto à Composicional,
podemos dizer que ela se refere aos sentidos obtidos através da
“distribuição do valor da informação ou ênfase relativa entre
os elementos da imagem”.
Em seguida, vimos alguns exemplos de análise de imagens, utilizando a teoria apresentada, as quais seguem abaixo:
![]() |
Abaporu, Tarsila do Amaral |
![]() |
Aula 10 - Revisão de Hipertexto e Início das Discussões sobre Multimodalidade
No retorno das aulas após a greve, no dia 07 de outubro professor Luiz Fernando fez algumas considerações a respeito do novo calendário de aulas. Em seguida, passou o tem a da multimodalidade, citando exemplos de como ela aparece em diversas situações didáticos e gêneros diferentes. Salientou também que a multimodalidade permite traduzir o texto verbal e o não-verbal. Após uma produtiva discussão com exposição de vários exemplos de situações multimodais e o intervalo, tivemos que resolver as questões anteriormente enviadas pelo professor, como forma de revisão de alguns conceitos relacionados ao Hipertexto e aos Gêneros Textuais Digitais. Por fim, definiram-se também as apresentações das 3 últimas equipes restantes para apresentar os textos sobre gêneros textuais digitais.
Eis as questões colocadas para resolução:
Eis as questões colocadas para resolução:
Em grupos, respondam as seguintes
questões. Vocês terão 1h para respondê-las e, após o intervalo, cada
grupo escolherá um ou dois componentes para apresentar as respostas do
grupo para a classe.
1ª) Apontem as principais
semelhanças e diferenças entre texto e hipertexto, dividindo-as em três
aspectos: (1) sua constituição; (2) questões referentes à leitura; (3)
questões referentes à sua produção para fins educacionais, tanto para o
ensino quanto para a aprendizagem.
2ª) Qual a relação entre internet, web e hipertexto?
3ª) Quais as principais funções
dos links? Dentre as funções chamadas retóricas, quais as que vocês
percebem como as mais importantes ou as mais usuais?
4ª) Sobre o chamados gêneros
digitais, apresentem a(s) definição(ões) de gênero que perceberam ser
mais produtivas para suas pesquisas/atividades com as linguagens no meio
digital. Com base nessa(s) teoria(s) façam um elenco de gêneros
digitais, justificando cada um dos gêneros elencados mediante um
enquadramento teórico.
quarta-feira, 8 de julho de 2015
Da apresentação que não houve, mas poderá haver
Posto em seguida, a apresentação do texto "Os gêneros textuais no ensino/aprendizagem da webliteratura: o caso dos weblogs", de Jéssica de Souza Carneiro, feita por Marília Agle e por mim. Após o encerramento da greve, dependendo da redefinição do calendário, apresentaremos à turma.
Aula 8 - A Internet e a ampliação dos gêneros textuais
Nossa última aula antes da greve, no dia 27/05, foi recheada de apresentações de textos sobre Gêneros Digitais. Começamos com as colegas Flávia e Niedja que nos trouxeram o texto "Analysing the Rhetoric Digital Genres" (Análise Retórica dos Gêneros Digitais), de Shepherd, Juaçaba, Matos, Pontes e Velloso na Universidade Federal Fluminense. A discussão girou da exposição dos movimentos retóricos de sites de cursos de línguas, passando por sites de autoajuda e perfis masculinos de sites de relacionamento, culminando com a análise de sinopses de romances.
Na continuidade, o prof. Dr. Luiz Fernando Gomes fez algumas considerações sobre a apresentação, falando a respeito da sociorretórica e de sua gramática sistêmico-funcional. Dessa forma, expôs que os movimentos de um gênero podem ser: obrigatórios (característicos do gênero), possíveis (opcionais) e impossíveis (descaracterizadores do gênero). Salientou também que os gêneros são mais ou menos estáveis e que o léxico possui também características que o ligam ao gênero.
Uma conclusão muito importante das discussões é o fato de que a Internet, na verdade, não criou gêneros e, sim, ampliou pelo menos uma das características dos já existentes: a circulação.
A segunda apresentação ficou por conta dos alunos Nilton, Luciano e Josimar, com o texto "Critérios para o Estudo de Reelaborações de Gêneros em Redes Sociais", de Júlio Araújo. De acordo com a exposição do grupo, não existem gêneros digitais e a Internet constitui-se apenas como um suporte, um espaço plural que abriga os diversos gêneros, sendo estes transmutados, isto é, reelaborados.
Dayane, João Victor e Juliana foram os componentes do terceiro grupo a se apresentar. O texto trazido por eles foi "Gêneros Textuais no Contexto Digital e Educacional", de Ediléa Félix Corrêa. A equipe teceu algumas críticas quanto à elaboração do texto e a alguns aspectos conceituais, incoerências e imprecisões, inclusive no uso de alguns termos, tais como: "gênero virtual", "discurso eletrônico", etc.
A penúltima equipe apresentou o texto "Gêneros digitais: as TIC como possibilidades para o ensino de Língua Portuguesa", de Lopes, Góes e Piccolotto, tendo como participantes as colegas Alcilene, Aléssia e Arly. A exposição teve como destaque a caracterização do blog como um espaço hipertextual multigênero, ou seja, que engloba váriados gêneros e dá acesso a outros hipertextos.
Por último, Eliezer e Luiziana expuseram o texto "Digital Genres, New Literacies and Autonomy in Language Learning", que trata da questão da autonomia de aprendizado no meio digital. Os colegas propuseram um questionamento da efetividade dessa autonomia no ensino de línguas, exemplificadamente de Língua Francesa.
Ficamos aguardando o término da greve para dar continuidade às demais apresentações e à disciplina.
Na continuidade, o prof. Dr. Luiz Fernando Gomes fez algumas considerações sobre a apresentação, falando a respeito da sociorretórica e de sua gramática sistêmico-funcional. Dessa forma, expôs que os movimentos de um gênero podem ser: obrigatórios (característicos do gênero), possíveis (opcionais) e impossíveis (descaracterizadores do gênero). Salientou também que os gêneros são mais ou menos estáveis e que o léxico possui também características que o ligam ao gênero.
Uma conclusão muito importante das discussões é o fato de que a Internet, na verdade, não criou gêneros e, sim, ampliou pelo menos uma das características dos já existentes: a circulação.
A segunda apresentação ficou por conta dos alunos Nilton, Luciano e Josimar, com o texto "Critérios para o Estudo de Reelaborações de Gêneros em Redes Sociais", de Júlio Araújo. De acordo com a exposição do grupo, não existem gêneros digitais e a Internet constitui-se apenas como um suporte, um espaço plural que abriga os diversos gêneros, sendo estes transmutados, isto é, reelaborados.
Dayane, João Victor e Juliana foram os componentes do terceiro grupo a se apresentar. O texto trazido por eles foi "Gêneros Textuais no Contexto Digital e Educacional", de Ediléa Félix Corrêa. A equipe teceu algumas críticas quanto à elaboração do texto e a alguns aspectos conceituais, incoerências e imprecisões, inclusive no uso de alguns termos, tais como: "gênero virtual", "discurso eletrônico", etc.
A penúltima equipe apresentou o texto "Gêneros digitais: as TIC como possibilidades para o ensino de Língua Portuguesa", de Lopes, Góes e Piccolotto, tendo como participantes as colegas Alcilene, Aléssia e Arly. A exposição teve como destaque a caracterização do blog como um espaço hipertextual multigênero, ou seja, que engloba váriados gêneros e dá acesso a outros hipertextos.
Por último, Eliezer e Luiziana expuseram o texto "Digital Genres, New Literacies and Autonomy in Language Learning", que trata da questão da autonomia de aprendizado no meio digital. Os colegas propuseram um questionamento da efetividade dessa autonomia no ensino de línguas, exemplificadamente de Língua Francesa.
Ficamos aguardando o término da greve para dar continuidade às demais apresentações e à disciplina.
terça-feira, 9 de junho de 2015
Aula 7 - Sobre Links, Hipertextos e Gêneros Digitais
Em nosso encontro do dia 20 de maio, o professor informou que teríamos novamente dois momentos distintos: as apresentações da pesquisa sobre os tipos de links e hipertextos, bem como do hipertexto produzido por cada um (das 8h às 10h); e a exposição dos textos que abordam a temática dos gêneros digitais.
Entretanto, antes desses dois momentos, o professor fez algumas considerações a respeito das concepções de gênero, a saber: a textual/material, de Hasan e Swales; a sociossemiótica, de Kness e Fairclaugh; e a "Bakhtiniana". Abaixo temos a síntese da proposta de cada tendência, elaborada pelo Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes:
Nessa linha de entendimento, o professor nos alertou a respeito do cuidado que devemos ter ao denominar alguma coisa como gênero, salientando a necessidade de fundamentarmos essa determinação em algum aporte teórico. Como exemplificação e problematização dessa discussão, ouvimos do professor alguns relatos de suas experiências com os gêneros em aulas de inglês no estado de São Paulo.
Dando continuidade, vimos as apresentações das pesquisas e hipertextos produzidos pelos colegas Arly, Alcilene, Luciano e Juliana. Em seguida, apresentei minhas pesquisas, começando pelo diagrama de um hipertexto retirado do site TNH1 (disponível aqui)
e de alguns links pesquisados:
Nesse primeiro exemplo, encontramos um link malicioso que procura induzir o leitor ao clique para fazer download do arquivo, quando, na verdade, o carregamento só pode ser feito em outro link menor e com menos destaque.
O segundo exemplo que trouxe à aula continha outros dois links, como se pode ver abaixo:
Após a expor as pesquisas de links e hipertextos, propus um hipertexto que tratava do discurso jornalístico sobre a responsabilidade do professor nos maus resultados do ENEM das escolas públicas de Alagoas. Consistia em uma breve introdução de uma discussão mais ampla que usava a Análise do Discurso Pecheutiana como teoria de análise:

O professor fez alguns apontamentos a respeito da sobrecarga cognitiva desse hipertexto. Houve também uma interessante discussão a respeito do papel e do uso das charges e imagens na construção dos textos e hipertextos.
No segundo momento, tivemos a apresentação do texto "Os gêneros digitais e o desafio de alfabetizar letrando" com as colegas Roseane e Cecília, o qual traz uma situação de letramento que foi criticada pelo professor ao explicar que o processo foi feito de forma mecânica e não-emancipatória.
Entretanto, antes desses dois momentos, o professor fez algumas considerações a respeito das concepções de gênero, a saber: a textual/material, de Hasan e Swales; a sociossemiótica, de Kness e Fairclaugh; e a "Bakhtiniana". Abaixo temos a síntese da proposta de cada tendência, elaborada pelo Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes:
Nessa linha de entendimento, o professor nos alertou a respeito do cuidado que devemos ter ao denominar alguma coisa como gênero, salientando a necessidade de fundamentarmos essa determinação em algum aporte teórico. Como exemplificação e problematização dessa discussão, ouvimos do professor alguns relatos de suas experiências com os gêneros em aulas de inglês no estado de São Paulo.
Dando continuidade, vimos as apresentações das pesquisas e hipertextos produzidos pelos colegas Arly, Alcilene, Luciano e Juliana. Em seguida, apresentei minhas pesquisas, começando pelo diagrama de um hipertexto retirado do site TNH1 (disponível aqui)
e de alguns links pesquisados:
Nesse primeiro exemplo, encontramos um link malicioso que procura induzir o leitor ao clique para fazer download do arquivo, quando, na verdade, o carregamento só pode ser feito em outro link menor e com menos destaque.
O segundo exemplo que trouxe à aula continha outros dois links, como se pode ver abaixo:
Após a expor as pesquisas de links e hipertextos, propus um hipertexto que tratava do discurso jornalístico sobre a responsabilidade do professor nos maus resultados do ENEM das escolas públicas de Alagoas. Consistia em uma breve introdução de uma discussão mais ampla que usava a Análise do Discurso Pecheutiana como teoria de análise:
ENSINO
PÚBLICO E TRABALHO DOCENTE NO DISCURSO JORNALÍSTICO DE EDITORIAIS
DO JORNAL GAZETA
DE ALAGOAS
O
fraco desempenho das escolas públicas alagoanas nas edições do
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2009 e 2010 trouxe à
tona as mais variadas explicações para o fracasso. De sua parte, a
Gazeta
de Alagoas posicionou-se
em seus editoriais de 21 de
julho de 2010 e 14 de
setembro de 2011, enunciando, a partir de sua posição
ideológica, é claro, as possíveis causas e soluções para o
problema e veiculando discursos que transcendem os episódios do ENEM
e tocam em questões como o papel do professor e da adesão dele aos
movimentos grevistas, ao mesmo tempo em que aponta para o modelo de
educação pública proposto pelo lugar ideológico do enunciador.
Dá-se aí a necessidade de fazer uso dos instrumentos da Análise
do Discurso, em sua perspectiva francesa, como forma de
compreender os efeitos de sentido da materialidade linguística,
desvelando os não-ditos e os silenciamentos.
Acrescente-se ao fato de o editorial
ser o espaço para o posicionamento da empresa diante dos
acontecimentos de maior repercussão (MELO, 1985, p. 79) a sua função
de influenciador da opinião pública (PICHELLI, PEDRO e CARVALHO,
2006, p. 2), o que traz maiores desdobramentos, pois assim ele se
constitui como espaço onde se coadunam discursos e se promove uma
determinada visão da realidade.
Da
mesma forma, é também fundamental levar em consideração as
Condições de Produção (CP) do discurso, que vão desde as
condições imediatas que circundam a formulação dos enunciados até
às sócio-histórico-ideológicas, o contexto mais amplo (FLORÊNCIO
et
al,
2009, p. 65).
Questione:
Os
atuais currículo e sistema de ensino públicos de Alagoas estão
adaptadas à proposta do Novo ENEM?
Qual
a responsabilidade e o papel do professor nesse contexto de fracasso
escolar do ensino público?
O professor fez alguns apontamentos a respeito da sobrecarga cognitiva desse hipertexto. Houve também uma interessante discussão a respeito do papel e do uso das charges e imagens na construção dos textos e hipertextos.
No segundo momento, tivemos a apresentação do texto "Os gêneros digitais e o desafio de alfabetizar letrando" com as colegas Roseane e Cecília, o qual traz uma situação de letramento que foi criticada pelo professor ao explicar que o processo foi feito de forma mecânica e não-emancipatória.
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